FORSTER, Marc.
(cineasta). Filme O caçador de Pipas, adaptação do Best-seller de Khaled
Hosseini. EUA. 2007.
Ana
Célia Brandão Marques[1]
Marc
Foster é um diretor de cinema suíço–alemão, famoso pelos filmes A Última Ceia; Em busca da Terra do Nunca; e Mais
Estranho que a Ficção. Nasceu na Alemanha, mas cresceu na Suiça. Estudou na
Universidade de Nova York no início dos anos 90 e produziu o filme O caçador de Pipas em 2007.
O
filme O Caçador de Pipas, adaptação do Best-seller, baseado no livro de Khaled Hosseini,
teve mais de oito milhões de cópias vendidas no mundo inteiro. Este filme conta
a história de Amir e Hassan, dois amigos que viveram a infância juntos e se
separaram por causa da inveja e injustiça que Amir sentira e fizera contra
Hassan, e também por conta da invasão da União Soviética sobre o Afeganistão.
Amir
era filho de um homem rico e muito respeitado entre os afegãos, menino tímido e
egoísta, e Hassan, filho de um empregado da casa de Amir, garoto pobre, alegre
e corajoso, capaz de fazer tudo pelo seu melhor amigo. O divertimento preferido
deles era soltar pipas. Após um torneio local de pipas, onde Amir foi o
vencedor, Hassan foi procurar a última pipa cortada para entregar a Amir e
guardá-la como um troféu. Durante essa busca Hassan foi abordado por Assef, um
adolescente de família rica que odiava Hassan por este pertencer aos hazaras ( povo que sofre profunda discriminação étnica no
Afeganistão) e com a ajuda de dois amigos, violentou Hassan cruelmente por este
ter se recusado a entregar a pipa azul,
completando-do assim sua vingança pelo hazara. Amir assistiu a cena escondido e
não fez nada para ajudar o amigo, calando-se diante daquela brutalidade.
Apesar
de todo sofrimento que Hassan havia passado, ele não comentou nada com o amigo
sobre o acontecido. Ficou doente por vários dias e mesmo assim Amir não o
procurou para confortá-lo com sua amizade. Amir ao perceber que seu pai tinha
um imenso afeto e admiração por Hassan, começou a sentir inveja, e despertou um
ódio no qual preparou uma armadilha onde Hassan foi acusado de roubo, pois Amir
sabia que para seu pai, o roubo era considerado o único pecado do homem. Mesmo
inocente Hassan assumiu a culpa para proteger o seu amigo. Envergonhado com a
situação ocorrida, o pai de Hassan resolve ir embora para protegê-lo das
futuras armações de Amir. Nessa época o Afeganistão encontrava-se em guerra com
a União Soviética, por esse motivo, as circunstâncias separaram a amizade de
Amir e Hassan definitivamente.
Após
a invasão da União Soviética ao Afeganistão, Amir e seu pai fugiram do país e
foram morar na América. Nessa nova convivência, pai e filho finalmente se
entenderam, e seguiram suas vidas. Amir se tornou um escritor famoso e conheceu
uma linda mulher pela qual se apaixonou, e se casou.
Com
o passar dos anos, o pai de Amir morreu e deixou uma revelação com um amigo.
Este amigo procurou Amir e revelou o segredo, relatando que Hassan era seu
irmão, fruto de um caso amoroso com uma empregada no passado. Depois dessa
descoberta o fantasma do passado volta a atormentar a consciência de Amir,
devido a sua atitude de covardia em relação a seu irmão e companheiro durante a
infância.
Amir
foi em busca de Hassan e descobriu que seu irmão foi morto por Talibãs
juntamente com sua esposa, e seu filho foi mandado para um orfanato.
Acreditando que sempre há um jeito de reparar seus erros, arrependido Amir vai
ao Afeganistão e resgata seu sobrinho, adotando-o como um filho.
O
referido filme é sem dúvida uma obra enriquecedora que proporciona aos expectadores
e leitores uma reflexão acerca das diversas situações conflitantes existentes
em nosso cotidiano. Este filme é recomendado a todas as pessoas que cometeram
injustiças e querem realmente corrigir os seus erros enquanto há tempo, e
também para aquelas que ignoram a realidade dos fatos como a desigualdade
social, o preconceito, e o abuso sexual que sempre estiveram presente desde a
antiguidade até os dias atuais na sociedade.
[1] Graduanda em Licenciatura Plena em
História pela Faculdade Internacional do Delta – INTA. Bloco I-Noite
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