sexta-feira, 1 de junho de 2012

O caçador de Pipas


FORSTER, Marc. (cineasta). Filme O caçador de Pipas, adaptação do Best-seller de Khaled Hosseini. EUA. 2007.

Ana Célia Brandão Marques[1]

Marc Foster é um diretor de cinema suíço–alemão, famoso pelos filmes A Última Ceia; Em busca da Terra do Nunca; e Mais Estranho que a Ficção. Nasceu na Alemanha, mas cresceu na Suiça. Estudou na Universidade de Nova York no início dos anos 90 e produziu o filme O caçador de Pipas em 2007.
O filme O Caçador de Pipas, adaptação do Best-seller, baseado no livro de Khaled Hosseini, teve mais de oito milhões de cópias vendidas no mundo inteiro. Este filme conta a história de Amir e Hassan, dois amigos que viveram a infância juntos e se separaram por causa da inveja e injustiça que Amir sentira e fizera contra Hassan, e também por conta da invasão da União Soviética sobre o Afeganistão.
Amir era filho de um homem rico e muito respeitado entre os afegãos, menino tímido e egoísta, e Hassan, filho de um empregado da casa de Amir, garoto pobre, alegre e corajoso, capaz de fazer tudo pelo seu melhor amigo. O divertimento preferido deles era soltar pipas. Após um torneio local de pipas, onde Amir foi o vencedor, Hassan foi procurar a última pipa cortada para entregar a Amir e guardá-la como um troféu. Durante essa busca Hassan foi abordado por Assef, um adolescente de família rica que odiava Hassan por este pertencer aos hazaras ( povo que sofre profunda discriminação étnica no Afeganistão) e com a ajuda de dois amigos, violentou Hassan cruelmente por este ter se  recusado a entregar a pipa azul, completando-do assim sua vingança pelo hazara. Amir assistiu a cena escondido e não fez nada para ajudar o amigo, calando-se diante daquela brutalidade.
Apesar de todo sofrimento que Hassan havia passado, ele não comentou nada com o amigo sobre o acontecido. Ficou doente por vários dias e mesmo assim Amir não o procurou para confortá-lo com sua amizade. Amir ao perceber que seu pai tinha um imenso afeto e admiração por Hassan, começou a sentir inveja, e despertou um ódio no qual preparou uma armadilha onde Hassan foi acusado de roubo, pois Amir sabia que para seu pai, o roubo era considerado o único pecado do homem. Mesmo inocente Hassan assumiu a culpa para proteger o seu amigo. Envergonhado com a situação ocorrida, o pai de Hassan resolve ir embora para protegê-lo das futuras armações de Amir. Nessa época o Afeganistão encontrava-se em guerra com a União Soviética, por esse motivo, as circunstâncias separaram a amizade de Amir e Hassan definitivamente.
Após a invasão da União Soviética ao Afeganistão, Amir e seu pai fugiram do país e foram morar na América. Nessa nova convivência, pai e filho finalmente se entenderam, e seguiram suas vidas. Amir se tornou um escritor famoso e conheceu uma linda mulher pela qual se apaixonou, e se casou.
Com o passar dos anos, o pai de Amir morreu e deixou uma revelação com um amigo. Este amigo procurou Amir e revelou o segredo, relatando que Hassan era seu irmão, fruto de um caso amoroso com uma empregada no passado. Depois dessa descoberta o fantasma do passado volta a atormentar a consciência de Amir, devido a sua atitude de covardia em relação a seu irmão e companheiro durante a infância.
Amir foi em busca de Hassan e descobriu que seu irmão foi morto por Talibãs juntamente com sua esposa, e seu filho foi mandado para um orfanato. Acreditando que sempre há um jeito de reparar seus erros, arrependido Amir vai ao Afeganistão e resgata seu sobrinho, adotando-o como um filho.
O referido filme é sem dúvida uma obra enriquecedora que proporciona aos expectadores e leitores uma reflexão acerca das diversas situações conflitantes existentes em nosso cotidiano. Este filme é recomendado a todas as pessoas que cometeram injustiças e querem realmente corrigir os seus erros enquanto há tempo, e também para aquelas que ignoram a realidade dos fatos como a desigualdade social, o preconceito, e o abuso sexual que sempre estiveram presente desde a antiguidade até os dias atuais na sociedade.



[1] Graduanda em Licenciatura Plena em História pela Faculdade Internacional do Delta – INTA. Bloco I-Noite

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